Flávia Loch esteve na comissão no bicampeonato mundial do Figueirense/PREC (Foto: Guilherme Becker/Karina Prado)

A fisiologia é cada vez mais relevante no esporte de alto rendimento, principalmente ao potencializar a preparação e a recuperação de atletas. No Figueirense/PREC, equipe feminina de futebol 7 do Furacão, toda esta parte é coordenada há um ano por Flávia Loch.

Com 24 anos de idade, Flávia foi atleta de futsal e fut7, chegando até enfrentar as atletas do Furacão. Nas viagens para disputar os Jogos Abertos de Santa Catarina (JASC), a fisioterapeuta acompanhava, durante seu período de formação, as demandas vinculadas à fadiga muscular ou até mesmo lesões. Quando conquistou o diploma, passou a integrar oficialmente a comissão técnica alvinegra.

“Quando me formei, entrei em acordo com o Figueirense/PREC, visto que a demanda de competições era grande e que as meninas precisavam de um suporte durante os jogos”, contou.

A profissional ainda ressalta que o acompanhamento contínuo contribuiu para uma evolução considerável do time dentro das quatro linhas.

“Pude perceber que as meninas conseguem resistir mais aos jogos, ou seja, chegam às finais mais inteiras, com menos dor muscular e articular e, assim, com mais vigor para bater de frente com as outras equipes”, comentou Loch.

“Além disso, nota-se maior segurança ao jogar, pois, se algo de pior acontecer, elas têm alguém ali para dar suporte”, completa.

Há um ano Flávia faz um excelente trabalho junto ao Figueirense/PREC (Foto: Patrick Floriani/FFC)

Ciência

A fisioterapeuta alinha três pontos como essenciais para a evolução do rendimento: alimentação, descanso e dedicação.

“Em minha visão, todo e qualquer atleta precisa entender que seu corpo é o seu instrumento de trabalho. Se a alimentação dele não for equilibrada, não terá ganho de massa muscular, se não descansar o suficiente à noite, aumentará a chance de lesão, e por fim, se não treinar e não dedicar-se ao esporte que pratica, não irá evoluir”, disse.

“Hoje, a maioria das atletas do Figueirense/PREC fazem complemento de força e potência muscular externamente, estando cientes do necessário para fazer uma boa temporada”, ressaltou.

Com a experiência de já ter trabalhado com homens e mulheres, Flávia vê uma certa diferença no trabalho devido à dissemelhança física entre os dois gêneros.

“É visto que as características fisiológicas, morfológicas, neuromusculares e hormonais indicam que as mulheres têm uma tendência a resistir menos a um exercício do que os homens, ou seja, fadigam com mais facilidade. Com isto, as valências do treinamento, devem ser diferenciadas para que se consiga melhores resultados para as mulheres”, relata a profissional.

Questionada sobre a importância da mulher no futebol, independentemente de função, ela comentou que, apesar de já ter mudado bastante, o futebol ainda é visto pela maioria das pessoas como um esporte masculino. Porém, celebra o início do surgimento de mais oportunidades.

“Em minha área, por exemplo, quantas fisioterapeutas mulheres vemos no futebol ou em qualquer outro esporte? São poucas, porém, já foram menos. Após anos de luta pelos nossos direitos, estamos começando a ter oportunidade de estar no mesmo nível que eles”, concluiu.

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