“Gestão profissional: a saída de emergência para os clubes. O exaurido e ultrapassado formato de administração amadora está aniquilando instituições centenárias”, garante o diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Figueirense, Murilo Flores, ao citar a transformação no clube de Santa Catarina. Com a presença de representantes do governo federal, CBF e clubes, incluindo ainda Vasco, Internacional, Atlético Mineiro, Santa Cruz, o evento “Governança e Transparência no Esporte” foi realizado ontem (3), em São Paulo (SP), pela BDO, empresa de consultoria.
Ao implementar, desde o final de 2018, políticas de governança já reconhecidas pelo mercado privado, o Alvinegro catarinense vem despontando como um dos pioneiros no avanço da profissionalização entre entidades esportivas.
“Clube-empresa com maior torcida do país, o Figueirense está passando por uma transformação que servirá de modelo para o futebol pentacampeão do mundo. Não existe saída que não seja pelo caminho da efetiva profissionalização. O esporte mundial está nos ensinando essa lição”, apontou Flores, que participou do debate mediado por Carlos Aragaki, sócio da BDO.
Alinhado com o processo de licenciamento da CBF, que inclui pacote regras para áreas como infraestrutura, finanças, jurídica, desportiva e administrativa, o clube enxuga responsavelmente seus gastos, reformula a política de investimentos, busca o equacionamento das dívidas e preserva, essencialmente, o orçamento base zero, que controla, com responsabilidade, receitas, despesas e custos para evitar o descontrole na aplicação de recursos.
“Deixamos para trás situações em que não se conseguia fechar um balanço por falta de controle das contas. Hoje, atuamos fielmente para superar as pendências e criar alternativas para reconstruir o clube. Em curto prazo, já mostramos os diferenciais da atual administração do Figueirense. Agora, é seguir mantendo a responsabilidade, que é a nossa marca”, concluiu.