Celeiro de craques como o lateral-esquerdo Filipe Luís e o atacante Roberto Firmino, a base do Figueirense é reconhecida pela capacidade de formar não só jogadores, mas cidadãos a cada ano. O sucesso dessa jornada conta com a contribuição diária de diversos profissionais, incluindo a assistente social, Josiane Resende, e a assistente administrativa, Agnes Appel.
No Alvinegro desde 2008, Josiane Rezende tem uma função fundamental na vida de cada atleta que se desenvolve em cada campo do Centro de Formação e Treinamento do Cambirela (CFT), em Palhoça (SC). Ao fazer o monitoramento diário, ela busca garantir o bem-estar físico, psicológico e social nas categorias inferiores ao profissional.
“Faço o acompanhamento dos meninos, principalmente dos que moram no alojamento do Estádio Orlando Scarpelli. Muitos chegam de outros estados e ficam longe da família. Nós buscamos dar o suporte necessário, pois é uma rotina intensa e de muita responsabilidade para todos”, afirmou, ao completar: “Procuro conversar bastante com todos para conhecer histórias, dificuldades e traumas. Acredito que a mulher, nesse sentido, tem uma sensibilidade maior, o que facilita no diálogo.”
Sobre a educação, Josiane ratifica que a regularidade escolar é quesito obrigatório para a permanência no Furacão e representa um diferencial para o futuro.
“Reforço sempre: a parte escolar é fundamental. Converso muito com eles para manter a mesma dedicação dos treinos nas aulas. O conhecimento é um bem caso o sonho de virar jogador não se concretize”, disse.
Em uma atuação conjunta, a assistente administrativa do departamento de Futebol, Agnes Appel, mostra emoção ao falar da convivência com tantos talentos e ver, com isso, a realização dentro e fora de campo.
“No dia a dia, procuro estar sempre disponível para acompanhar as necessidades dos jogadores. São crianças e jovens que demandam apoio. Por isso, é tão essencial o trabalho realizado pelo Figueirense. Com o tempo, a gente se sente cada vez mais preparada e motivada, pois nos orgulha ver as conquistas dos que passam pela base”, encerrou.
Ao falar da experiência de atuar em um esporte predominantemente masculino, Agnes ressalta o diferencial encontrado no clube que trabalha desde 2003.
“Para mim, é muito gratificante ser funcionária do Figueirense. Sempre fui respeitada por todos aqui, desde a minha chegada. Apesar de um clube de futebol ser um universo mais masculino, nunca tive problemas, pois existe uma cultura de valorização das mulheres”, afirmou.