Foto: Hermes Bezerra / FFC     

“Os resultados estão vindo antes da performance. É a identidade de um time guerreiro”. A afirmação do técnico do Figueirense, Hemerson Maria, retrata a recente realidade vivida pelo Furacão do Estreito, desde dezembro de 2018, e que expõe a profunda mudança dentro e fora das quatro linhas. Com o início da nova gestão – conduzida pelo presidente Claudio Honigman – e a chegada do treinador para liderar o elenco alvinegro, o clube iniciou uma reestruturação focada na conquista do chamado “desempenho responsável”. E a partir do paralelo com o time em campo, a diretoria também está conseguindo impactos positivos antes dos índices projetados no curto prazo.

Com elenco rechegado de jovens da base e jogadores em afirmação na carreira, o Furacão evoluiu na definição de uma espinha dorsal, nas sete primeiras rodadas do Estadual, a partir de uma organização baseada na austeridade e, claro, na palavra de ordem no Scarpelli: responsabilidade. E esse perfil é reproduzido fielmente na condução administrativa e financeira da instituição quase centenária.

Redução dos gastos em cerca de R$ 1,2 milhão por mês, enxugamento do número de funcionários em mais de 30% e conquista de novos patrocinadores são alguns dos pontos observados pelos torcedores, sócios, conselheiros, parceiros e investidores. Já a definição de rotinas administrativas, implantação de sistemas de monitoramento e a estruturação de um eficiente planejamento estratégico também entram na lista de ações fundamentais, porém, normalmente, são imperceptíveis externamente.

Segundo o diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Alvinegro, Murilo Flores, o “choque de gestão” é consequência da implementação de um modelo de governança que mudou paradigmas na Rua Humaitá, 194, famoso endereço do estádio, e contribuem diretamente para diversas conquistas no dia a dia alvinegro.

“Não existe milagre, mas muito trabalho. O sucesso mostra que a responsabilidade é a aliada ideal do trabalho competente. Estamos recuperando uma instituição histórica de uma crise sem precedentes”, lembrou, ao completar: “Não existe mais espaço para erros. Temos que ser cirúrgicos na execução de tudo que estamos estabelecendo. E todos os envolvidos, incluindo os credores, estão acreditando e dando um voto de confiança em nós”.

Ao elogiar o paralelo feito pelo técnico do Furacão, Flores relembrou o impacto da frase que, para ele, marcou a virada do Figueirense: “ganhar ou perder faz parte do jogo, mas suar a camisa alvinegra é obrigação.”

“Essa declaração mostra a essência de tudo que estamos fazendo aqui na diretoria. É um orgulho poder contar com o trabalho não só do Hemerson, mas de toda a comissão técnica e dos jogadores. Estamos todos unidos para chegar ao mesmo objetivo: o resgate do clube e o acesso à série A”, concluiu.